segunda-feira, 16 de julho de 2007



Todos os dias podemos descobrir algo novo. Desde pequena fui meio "moleque". Fitinhas, tiarinhas, presilhas duravam poucos minutos no meu cabelo. Não tinha jeito. No colégio, jogava futebol com os guris. Nunca gostei de assistir os jogos pela televisão e sempre tive curiosidade em ir ao estádio. Sou gremista desde que nasci e tenho lembranças do meu irmão comemorando e assistindo aos jogos nos tempos "áureos" de 1995. Mas algo foi despertado dentro de mim este ano. Não, não foi apenas pelo meu time participar de uma Libertadores. Foi ter ido ao Estádio Olímpico. Ir ao estádio é algo que eu recomendo para qualquer torcedor. Participei de apenas três jogos, sendo dois deles, finais de campeonato. Ganhamos um, perdemos o outro. A torcida vibrou e chorou. Quem vai ao estádio entende o amor de muitos torcedores e assim como eu começa a respeitar e admirar esse sentimento. A dedicação, a paixão, a vibração. Você simplesmente sente os degraus tremendo, e aquilo vai se aproximando, te contagia e te faz pular e cantar com aquela multidão. É excitante. Mas isso não basta. Você precisa aprender a revidar as famosas "cornetas" dos que não torcem para o seu time, ou simplesmente ignorá-las. Agora a página de esportes do jornal também passa pelos seus olhos. Você começa a aprender os nomes e posições dos jogadores, o esquema tático do seu time. Isso foi algo que me possibilitou manter conversas com meu avô, colorado convicto (fazer o quê). Pude sentir o entusiasmo do meu pai quando estava indo presenciar a final da Libertadores de 2007, enquanto ele esteve na de 1983. No Olímpico, palco de tantas batalhas. Quero passar isso aos meus filhos e poder levá-los ao estádio em um domingo de tarde após uma volta na Redenção. É por isso que o chamamos de Imortal e somente um torcedor gremista consegue entender isso.

[acrescentando...]

Ao meu ver, não existe uma regra para ser considerado "mais" torcedor que outro. Não é necessário saber a escalação na ponta da língua ou estar presente em todos os jogos. O ingresso é caro, os horários às vezes inacessíveis. Mas repito o que já disse antes: torcedor, seja de que time for, compareça ao estádio, para conseguir compreender.

Ao fim do meu post, deixo o meu recado: mulher também pode entender de futebol e deve ser respeitada, dentro e fora do estádio. Somos também a voz que se une a tantas outras para apoiar o nosso time. E te digo, voz nós temos para isso.

2 comentários:

mulher de sardas disse...

esqueceu de contar que brincava de rasteirinha com os meninos no intervalo da aula. e, ao final, sentavam no chão para contar quem tinha mais roxos nas pernas.

minha gremistinha, algum defeito tinha que ter.

Eric Flório disse...

Bá, eu li esse post a muito tempo, mas esqueci de comentar :P
Só percebi agora, que voltei pra ver se tinha mais coisa.

Sabe, tu não tem cara de "moleque"
HUAuhuhAuhAUHUAH

Legal ler esse teu relato, principalmente vindo de uma mulher :P

Bjooos