sábado, 28 de julho de 2007

Há tempos tento riscar umas palavras por aqui mas não consigo escrever nada com nada. Cinco "rascunhos" já estão na fila e nenhum conteúdo postado.
Minhas aulas começam na próxima semana o que me deixa feliz, sim. (e daí?)
Nos últimos dias descubri o quanto gosto de ouvir risadas. Conversei com minha amiga pelo telefone e pude ouvir sua gargalhada. Alta e solta. Consegui enxergar o rosto dela com os olhos espremidos. Fazia tempo já. Veio na minha memória as nossas tantas conversas pelo telefone e aquelas risadas altas que eu sempre ouvia. Ontem no encontro com as amigas ficávamos rindo dos outros. Das pessoas que passavam na nossa frente, das blusas, cores de cabelo e manequins (que piscavam os olhos) nas lojas. Caminhamos sem muito ânimo pelo shopping, sem parar para provar roupas ou comprar mais comida (é o frio e a falta de dinheiro). Não sei. Foi diferente. Não ficamos rindo de nós mesmas, das nossas besteiras e furadas. Afinal, a vida já tira tanto sarro com a nossa cara né? Optamos por rir dos outros. O que é sempre bom para um encontro de amigas. Fofocas, desabafos, conversas sérias. Talvez eu não tenha desabafado tudo que eu gostaria de ter dito, mas tudo bem. Fica pra próxima. Ainda prefiro as gargalhadas...

quarta-feira, 25 de julho de 2007

sexta-feira, 20 de julho de 2007

Hoje eu queria ir ao cinema. Mas todos os meus contatos estavam ocupados. Decidi ir sozinha e até pensei comigo que meu passeio poderia se tornar inspiração para eu escrever uma história. Logo depois acabei desistindo. Até que, e isso não acontece pela primeira vez, recebo o telefonema de meu amigo Rafael para um passeio. Não poderia deixar de acompanhá-lo, afinal, o garoto estava indo fazer a sua matrícula na PUCRS, o que deixava ele (e sua mãe) muito felizes (além de mim é claro). Para quem não conhece, ou não terá o prazer de conhecê-lo (sinto muito), o Rafael é o cara da veia publicitária, mas que iniciará nas Relações Públicas (irônico não?). Eu poderia descrevê-lo um pouco mais, mas você não compreenderia. [...] E mais uma vez estávamos lá, eu e meu fone de ouvido, pegando o T5 em direção àquele prédio manjado da Osvaldo Aranha que eu já cansei de tocar o interfone. Me pendurei nas grades verdes da entrada e peguei meu celular: "Rafael, tô aqui em baixo, abre o portão". Esperei, esperei mais um poquinho, até que com um empurrão o portão se abriu. Bem faceira, dei um passo à frente e deslumbrei um corredor imenso, comprido e branco, muito branco. Ops! Eu não estou no lugar certo. Por sorte, ainda não tinha largado a grade para que ela se fechasse e voltei para a calçada. Eu não acredito nisso. Até que me lembrei de um comentário do Rafael: "Esses dias voltei de madrugada (após algumas cervejas) e quase entrei no prédio do lado da Lancheria, é verde, igual ao meu". Ha ha ha. É claro, eu cometeria o mesmo erro em plena luz do dia. Nota-se que a minha fala dita anteriormente: "aquele prédio manjado da Osvaldo Aranha que eu já cansei de tocar o interfone (...) " foi falaciosa, já que nem o número do apartamento eu conseguia me lembrar.
Sacanagem.
Mas como sempre, as tardes com meu amigo levantam muito o meu astral. Entramos pela porta do apartamento e senti um cheiro forte de tinta. Do banheiro veio uma voz "A Nati tá aí?" e fui recebida com um abraço animado da mãe do Rafael, que por sinal, foi minha professora na quinta série. Fui apresentada às novas cores do apartamento: amarelo para a sala, azul para o quarto dos guris e lilás para o dela. Além do banheiro, todo reformado. Esses dias (isso pode ter sido há muito tempo atrás), mostrei para o Rafael a cartinha que ele me deu junto ao presente de amigo secreto, na sexta série, escrita com a grafia da sua mãe (e seus adesivos coloridos é claro).
Talvez você que esteja lendo, não veja muita graça nestas passagens da minha tarde. Mas são momentos e pessoas que guardo com carinho. Seja com a ligação do meu amigo no início da tarde me convidando para estar presente em um momento tão esperado, seja por ser tão bem recebida e querida na casa dele.
Matrícula feita, carteirinha nas mãos! Fomos para a Redenção, pois eu queria comer pipoca doce, e ele, bergamota caminhando pelo Sol. Fizemos comentários sobre as pessoas que passavam (como sempre). E falamos sobre o futuro, confirmando que estaremos presentes na vida um do outro por muito tempo ainda.
obs: para simplificar em poucas palavras: 20 de Julho, Dia do Amigo. =)

quinta-feira, 19 de julho de 2007

quarta-feira, 18 de julho de 2007

17 - 07 - 2007

Eaí, essa data vai virar apenas mais uma estatística? Apenas mais um acidente na escala dos piores acidentes aéreos nacionais? Vergonha.

segunda-feira, 16 de julho de 2007



Todos os dias podemos descobrir algo novo. Desde pequena fui meio "moleque". Fitinhas, tiarinhas, presilhas duravam poucos minutos no meu cabelo. Não tinha jeito. No colégio, jogava futebol com os guris. Nunca gostei de assistir os jogos pela televisão e sempre tive curiosidade em ir ao estádio. Sou gremista desde que nasci e tenho lembranças do meu irmão comemorando e assistindo aos jogos nos tempos "áureos" de 1995. Mas algo foi despertado dentro de mim este ano. Não, não foi apenas pelo meu time participar de uma Libertadores. Foi ter ido ao Estádio Olímpico. Ir ao estádio é algo que eu recomendo para qualquer torcedor. Participei de apenas três jogos, sendo dois deles, finais de campeonato. Ganhamos um, perdemos o outro. A torcida vibrou e chorou. Quem vai ao estádio entende o amor de muitos torcedores e assim como eu começa a respeitar e admirar esse sentimento. A dedicação, a paixão, a vibração. Você simplesmente sente os degraus tremendo, e aquilo vai se aproximando, te contagia e te faz pular e cantar com aquela multidão. É excitante. Mas isso não basta. Você precisa aprender a revidar as famosas "cornetas" dos que não torcem para o seu time, ou simplesmente ignorá-las. Agora a página de esportes do jornal também passa pelos seus olhos. Você começa a aprender os nomes e posições dos jogadores, o esquema tático do seu time. Isso foi algo que me possibilitou manter conversas com meu avô, colorado convicto (fazer o quê). Pude sentir o entusiasmo do meu pai quando estava indo presenciar a final da Libertadores de 2007, enquanto ele esteve na de 1983. No Olímpico, palco de tantas batalhas. Quero passar isso aos meus filhos e poder levá-los ao estádio em um domingo de tarde após uma volta na Redenção. É por isso que o chamamos de Imortal e somente um torcedor gremista consegue entender isso.

[acrescentando...]

Ao meu ver, não existe uma regra para ser considerado "mais" torcedor que outro. Não é necessário saber a escalação na ponta da língua ou estar presente em todos os jogos. O ingresso é caro, os horários às vezes inacessíveis. Mas repito o que já disse antes: torcedor, seja de que time for, compareça ao estádio, para conseguir compreender.

Ao fim do meu post, deixo o meu recado: mulher também pode entender de futebol e deve ser respeitada, dentro e fora do estádio. Somos também a voz que se une a tantas outras para apoiar o nosso time. E te digo, voz nós temos para isso.

domingo, 15 de julho de 2007

Eu ando pelo mundo prestando atenção em cores que não sei o nome. Cores de Almodovar, cores de Frida Kahlo, cores... Passeio pelo escuro, eu presto muita atenção no que meu irmão ouve. E como uma segunda pele, um calo, uma casca, uma cápsula protetora, eu quero chegar antes. Pra sinalizar o estar de cada coisa, filtrar seus graus. Eu ando pelo mundo divertindo gente, chorando ao telefone e vendo doer a fome dos meninos que têm fome. Pela janela do quarto, pela janela do carro, pela tela, pela janela, Quem é ela , quem é ela? Eu vejo tudo enquadrado, remoto controle. Eu ando pelo mundo, e os automóveis correm para quê? As crianças correm para onde? Transito entre dois lados, De um lado eu gosto de opostos, exponho o meu modo, me mostro . Eu canto para quem? Eu ando pelo mundo e meus amigos, cadê? Minha alegria, meu cansaço? Meu amor cadê você? Eu acordei, não tem ninguém ao lado. Eu ando pelo mundo e meus amigos, cadê? Minha alegria, meu cansaço? Meu amor cadê você? Eu acordei, não tem ninguém ao lado.
Adriana Calcanhotto
Eu poderia tentar escrever um pouco, mas acho que essa música pode significar muitas coisas. Inclusive sobre mim!

quinta-feira, 12 de julho de 2007

Após três dias em casa, de pijama, enrolada no cobertor, o sol me deu uma alegria. Agradeço a sabe-se lá quem por este dia lindo. Do jeito que eu gosto, frio, muito frio. E um sol quente. Perfeito para acordar, tomar um banho e ir passear de ônibus. O destino era o Estádio Olímpico, para comprar o ingresso do jogo de sábado. Coloquei meu fone de ouvido, liguei a opção mp3 no celular e fui. Já embalada com o ritmo, vi o ônibus chegando na parada e atravessei correndo para conseguir pegá-lo.
Adoro a rua e adoro ouvir música. Os dois juntos combinam perfeitamente. Gosto de ficar observando as pessoas caminhando, de touca e luvas, agasalhadas. Adoro o inverno. Gosto de ficar olhando os velhinhos sentados na parte da frente. Gosto de ler os "Poemas no ônibus", e por sinal, o de hoje era muito bom. E então começou a música da Norah Jones e até as máquinas na obra da Cristóvão Colombo pareciam se mover em câmera lenta. Como um filme. E a Norah de trilha sonora. Estava completamente relaxada sentada no banco e sentindo o sol bater refletindo meu rosto no vidro.
- Eu peguei o ônibus errado.
Me veio isso na cabeça, travando toda a minha cena. Eu não acredito nisso, eu não olhei qual ônibus eu peguei, simplesmente pulei dentro dele. Só pode ser brincadeira isso. É sério, eu não acredito. Eu lembro que eu vi um letreiro laranja, comum nos ônibus da linha T5, e simplesmente corri até ele. Eu não li o letreiro. Quem é que entra em um ônibus sem ler o destino dele? Quem? Eu sou muito burra mesmo.
Parou tudo, a trilha sonora, as pessoas em câmera lenta, a cena do filme. Parou tudo. E agora? Pergunto pra alguém em qual ônibus eu estou? Claro que não! Poderia alguém me achar mais idiota com uma pergunta dessas? Desço dele agora e espero o certo, por via das dúvidas? Que droga, dois reais perdidos. E eu há poucos minutos atrás pensando no absurdo que está o valor da passagem de ônibus. Isso só acontece comigo mesmo. Também! Cada dia pego um ônibus diferente pra ir a algum lugar na MESMA parada, um dia eu ia fazer essa besteira. Saco.
Ok. Vamos raciocinar Natália. Fica calma. Logo que passar do Shopping Total a dúvida poderá ser tirada: se o ônibus dobrar à esquerda na Garibaldi, é porque é o T5. Se ele seguir reto, é porque é o IAPI (que também usa letreiros laranjas).
Após alguns minutos intermináveis, passamos pelo Total. Eu tinha que ser rápida pois se o ônibus seguisse reto, teria que apertar o botão da parada, correr em direção à Garibaldi e esperar o T5, certo. O ônibus começou a tomar posição e a minha mão já estava impaciente aguardando. Eu só conseguia pensar que eu era muito burra, que eu não acreditava naquilo, iria estragar todo o meu dia lindo, era ÓBVIO que iria seguir reto porque eu sempre tenho uma sorte fenomenal para essas coisas. Vai seguir reto, eu tenho cer-te-za.
Até que ele se posicionou na pista da esquerda e dobrou. Sim, ele dobrou. Ele dobrou!!!! Estava eu, com um sorriso esticado dentro do ônibus, subindo a rua Garibaldi. Eu peguei o ônibus certo!!!!!! Não acredito. Que maravilha! Ufa.
Coloquei o fone de ouvido, liguei novamente a música e continuei com os embalos da minha trilha sonora assistindo ao meu filme em câmera lenta.
Juro que eu agradeci em pensamento por não ter perguntado a ninguém "em qual ônibus eu estava".
Era o T5 e isso me deixava feliz.
Moral da história: SEMPRE ler o letreiro antes de entrar no ônibus.

segunda-feira, 9 de julho de 2007

EU:

No momento presente esperando algumas respostas. Aguardando por revelações do futuro que eu sei que me aguardam, mas que devo esperar calada. Procurando um bom livro pra ler. Implorando para essa chuva passar e me deixar sair. Sonhando com o show que não vai acontecer e triste pelo fim da minha série preferida. Preocupada com os meus amigos e com a palavra certa que eu gostaria de ter sempre que sou procurada. Na espera de um futuro possível afilhado para batizar. Procurando as notícias de política e de futebol. Tentando diminuir a emissão de CO2 na atmosfera.
E é claro, ainda em busca de uma missão dentro do plano de salvar o mundo.
"Continuo a pensar que quando tudo parece sem saída, sempre se pode cantar. Por essa razão escrevo."
Caio Fernando Abreu.

sexta-feira, 6 de julho de 2007

A escolha do nome...

Pronunciar:

do Lat. pronuntiare

v. tr.,

exprimir oralmente;
enunciar;
proferir;
articular;
tornar evidente;
dar despacho de pronúncia contra;
acentuar;
manifestar o que pensa ou sente;
v. refl.,

dar a opinião sobre.

Intercadente:

do Lat. intercadente

adj. 2 gén.,

intermitente;
irregular;
variável;
desordenado;
interrupto.

No melhor estilo Dadaísta, abrir o dicionário e "PÁ"!!!!!!

quinta-feira, 5 de julho de 2007

O começo de tudo...

Não que seja necessário que todas as pessoas tenham um blog, mas digamos que é algo interessante para quem estuda comunicação social. Muitas dúvidas podem surgir do tipo: "alguém irá ler essa bobagem?". Mas tudo bem, a gente encara essa, faz o cadastro e começa a escrever. Assim, sem compromisso. Surgem as dúvidas de português, as vírgulas mal posicionadas, as discordâncias verbais, o abuso do coloquialismo. Por aí. Enfim, isso deveria ser um diário eletrônico portanto: hoje eu acordei 11:46, almocei às 12:30. Pela tarde peguei o IAPI que me levou até a Praça Dom Feliciano, de lá, caminhando acompanhada de meu pai, fomos até o Mercado Público. Fiz minha carteirinha universitária e a escolar. Ou seja, passagem de ônibus e entrada no cinema pela metade do preço. Ma-ra-vi-lha. Pena que no final de semana o desconto é de pouco mais de 1 real (sacanagem). Portante o boicote ao cinema nos finais de semana continua de pé (a não ser que eu seja convidada pelo meu pai). Ah! E ontem fiz meu título de eleitor. Me sinto uma adulta. Até meu CPF está "Pendente de Regularização" na Justiça Federal. Eu não me declarei isenta no imposto de renda, o que significa: não recebo salário, não tenho uma casa, não tenho carro, não há renda que me sustente. Não sou nada. Sem graça brincar de gente grande.